O Silêncio na Solitude
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O Silêncio na Solitude

Como esta sua relação com o silêncio ultimamente? Pergunto, porque há algum tempo venho me questionando sobre o assunto e, hoje, posso falar – após um breve período de desaceleração - minha relação com o silêncio mudou.


Para mim, silêncio virou sinônimo de solitude.

E, antes que você comece com aquelas “terríveis” comparações com a solidão, quero dizer que existem duas vertentes: tem os que falam que silêncio e solitude são similares - uma nova terminologia para tratar de um mesmo assunto - e existem aqueles que distinguem categoricamente ambos. Eu, particularmente, tenho preferido a última.


A distinção está no sentir e isso quem fala é a psicóloga Maura de Albanesi que acrescenta: para entender sobre a distinção entre solitude e solidão é preciso refletir sobre o sentimento percebido quando se está sozinho.


Se você ao se encontrar sozinha, perceber uma pontinha de desconforto, uma leve melancolia solitária há uma pitadinha de Solidão – e, neste caso, ajuda especializada é sempre bem vinda. Agora se o que você sente te leva a estar em contato com a sua essência, e isto significa estar presente e no momento, aí você se encontra em estado de Solitude.


.. e como eu anseio a Solitude!

A primeira vez que escutei o termo solitude, foi em uma leitura do óraculo Hou Hou no qual descreve a solitude como sendo o repousar em sua própria companhia. É o acolher e reconhecer o seu todo, a sua unicidade. Sem julgamentos. “É acolher quem se é, para deste lugar compassivo acolher quem o outro é.” E esta visão poética e empática me encantou em todos os seus aspectos.


Tanto que, o silêncio de vilão passou a ser um meio para um fim. Antes temido por mim, hoje associado ao meu desejo de ter mais tempo, o silêncio é aguardado com entusiasmo, pois é nele que me permito escutar.


O silêncio quando verdadeiramente percebido deslumbra.

Ele gera aquele mesmo impacto de quando você se percebe frente a imensidão do mar, então aquela vertiginosa sensação de presença invade. Existe um encantamento nessa melodia, mas como já dizia Jon Fosse: "perante a majestade deste sentimento a gente tem medo, medo de se perder dentro de si..."


E é inegável que em nossos movimentos diários, em nossas ruidosas rotinas, observamos, como meros espectadores que somos, o tempo urgir sem ao menos perceber - como se deve - aquele delicado movimento que carrega a sombra quando a brisa se faz sentir pela cortina.


Absorto nós estamos. Mas no que?

O medo de se perder é contemporâneo, assim como a ansiedade, assim como a necessidade de estar, fazer, aprender, criar,produzir...


Absorvidos neste way of life nos perdemos de nós mesmos e nos enganamos achando que o silêncio leva a obscuridade. Mas não... é no silêncio que encontramos a inconfundível natureza do ser, da essência.


Você a escuta?

Vi na solitude o prazer de me acolher e reconectar. “O mundo desaparece à medida que você entra nele” Martin Heidegger já dizia. Logo, o desaparecer em si é se redescobrir.


Você já tentou?

No meu período de desaceleração, me desconectei, e recomendo que você faça também . Use e abuse do modo avião, dê uma pausa no seu dia - 14 segundos são suficiente - respire profundamente, reconheça e ajeite sua postura. Sintonize-se com o ambiente. Medite e deixe dissipar os barulhos internos. Permita-se esvaziar da ansiedade.


Tome um café (sozinha).


Rompa brevemente com o online e redescubra o prazer de apreciar, sem a ânsia de compartilhar. Deixe o silêncio, a solitude lhe fazer companhia. Deixe-se seduzir pela inebriante sensação de plenitude ao estar consigo mesma.


Desperte, e viva o momento (presente)




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